sem fomo: a vida é o que é

Oi, espero que você do outro lado da tela esteja bem. Eu sei que sumi por meses, mas vamos deixar combinado que vou postar apenas quando tiver esses lapsos de energia entre o caos da minha vida, OK? Sem sofrimento. Voltei das férias no fim de janeiro e confesso que não fiz muita coisa além de ler, escrever e jogar porque não sou uma pessoa de passeios e viagens (lê-se ratinha de apartamento), mas nas redes sociais, todo mundo parece se divertir tanto que, sei lá, me senti meio culpada. Foi quando me lembrei de um episódio do Bom dia, obvious sobre FOMO ou fear of missing out (traduzindo: medo de ficar por fora), que fala sobre como as redes sociais aumentam esta sensação de "Caramba, os outros vivem a vida melhor do que eu" e resolvi explorar um pouquinho esse assunto, falando de coisas não tão excepcionais que me fizeram bem nos últimos tempos.

Quando eu era adolescente, meus amigos faziam mil coisas malucas pelo prazer de ter histórias para contar depois, enquanto eu me divertia bem mais escrevendo e lendo fanfics no meu quarto. Hoje, adulta, meus colegas de trabalho insistem que eu preciso sair, beber e conhecer gente já que sou nova no interior. Refletindo sobre isso, cheguei à conclusão de que existe um ideal do que deve ser feito para aproveitar a vida de verdade.

BUT IT'S BULLSHIT!

Não me entendam mal, gosto de sair, ter novas experiências, conhecer lugares e pessoas, mas na maior parte das vezes, prefiro momentos mais calmos, comigo mesma, no meu cantinho confortável, absorvendo informações mais do que trocando. Talvez tenha a ver com o fato de eu ser introvertida (INTP-T no teste de Myers Briggs, para quem liga rs) e tudo bem. O que quero dizer é que mesmo sem ir às Maldivas ou frequentar as festas mais faladas, também podemos ter ótimas experiências de lazer, entretenimento e descanso tão válidas quanto quaisquer outras. Quanto mais cedo deixarmos de comparar nossas vidas com a de influencers e/ou amigos nas redes sociais, mais cedo podemos começar a realmente aproveitar nossas próprias vidas, o que parece óbvio, mas precisa ser dito (ou escrito, nesse caso).

Sendo assim, apresento as coisas que fiz que me fizeram feliz nos últimos tempos:

Ficar de manha com a Cruella

A gata, não a vilã. Demorei aproximadamente seis meses para conseguir fazer carinho desde que resgatei porque ela tinha muito medo de pessoas e agora minha atividade favorita é fazer carinho e esmagar aquela bolinha de pelos. (Para quem se interessar, tenho um destaque só dela no @jenmorgie no instagram que mostra todo o processo de conquista).

Participar de clubes do livro

Recentemente, decidi ler um livro difícil de engolir (Lolita, por Vladimir Nabokov) com duas colegas de trabalho que também tinham muita vontade e pouca coragem de começar. Foi uma leitura bem pesada, mas muito mais significativa pelas trocas constantes que tivemos via WhatsApp. A experiência foi tão legal que estou fazendo o mesmo, agora com um romance levinho (A hipótese do amor, por Ali Hazelwood) com outra amiga. E olha, para quem está de ressaca literária, é uma beleza!

Jogar Stardew Valley

Para todos que gostam de cozy games, como o que indiquei no post anterior, este RPG de fazenda, com relacionamentos e personagens apaixonantes é simplesmente perfeito. Juro, estou tão viciada que fico triste de não ter mais tempo livre para cuidar das minhas galinhas, correr atrás dos vizinhos para dar mimos e ter diálogos fofinhos com o Alex (vulgo meu maridinho).

Escrever mais capítulos do meu romancinho

Há alguns anos, estou trabalhando em um romance que pretendo publicar em um futuro próximo e eu simplesmente amo essa história e personagens. Quando estou escrevendo, estou no meu lugar feliz.

Passar tempo com a minha família

Os últimos dois anos foram muito importantes para eu entender que casa é onde minha família está. Esta música da Gabrielle Aplin ilustra perfeitamente o que eu quero dizer:

Assistir Gilmore Girls

Tá, clichê, eu sei, mas comecei a acompanhar a série e me sinto meio parte da comunidade de Stars Hollow, a cidade fictícia onde os eventos acontecem. Tem algo de muito real nos personagens que faz a gente se apegar a eles. Tem romance, drama, comédia, tudo. Em todo momento de ócio, abro a Netflix e If you're out on the road feeling lonely and sooooo coooold... ♪

Transformar um cômodo vazio do ap em uma biblioteca

Este é um projeto em progresso. Desde que meu melhor amigo se mudou do apartamento que alugamos juntos, o quarto dele ficou vago e Deus sabe o quanto me incomodava aquele vazio no meio de casa. Então, resolvi transferir minha estante de livros para lá com um pufe gigante e, aos poucos, irei preencher o espaço com meus exemplares, plantinhas e arte.

Rever amigos

Saí com um antigo amigo do ensino médio para um bar (rolê caótico, confuso e com uma ressaca horrível) e encontrei minha amiga da faculdade (rolê tranquilo, confortável e muito delicinha). 

Ir ao show do Harry Styles sozinha

Mesmo na pista, vendo apenas um pontinho brilhante dançando de um lado para o outro, a experiência de ouvi-lo ao vivo e de ir ao evento sozinha foi muito libertador. Fora, é claro, a oportunidade de usar o look mais colorido do universo com uma justificativa.

Bem, espero ter passado a ideia da forma correta e agora quero saber, o que fez você feliz nos últimos tempos?